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"Não nos tornamos iluminados por imaginarmos figuras de luz, mas por nos tornarmos conscientes da escuridão. O segundo procedimento, no entanto, é desagradável e, portanto, impopular." Carl Jung


Aulas Particulares Iniciante/ Intermediário/ Avançado/ Lua Negra/ Interpretação


sábado, 15 de janeiro de 2011

Raiva-Osho



A raiva é apenas um vômito mental. Algo que você ingeriu está errado, e todo o seu ser psíquico quer colocar para fora. Mas não é preciso jogar sua raiva sobre outra pessoa. É porque as pessoas jogam sua raiva em outras que a sociedade lhes diz para se controlarem.

Não jogue sua raiva em ninguém. Você pode tomar um banho, fazer uma longa caminhada... Tudo que a raiva significa é que você precisa de uma atividade intensa para que ela seja liberada.
Corra um pouco e você irá sentir que a raiva se esvai, ou pegue um travesseiro e bata nele, lute com ele, morda o travesseiro até que suas mãos e dentes estejam relaxados. Após cinco minutos de catarse, você irá sentir-se livre do peso e, quando descobrir isso, nunca mais irá jogar sua raiva em ninguém, porque isso é uma tolice completa.
Para iniciar uma transformação é necessário, antes de tudo, expressar sua raiva. Mas não jogue a raiva em ninguém porque, nesse caso, você não terá como expressá-la totalmente. Poderá querer matar ou morder alguém, mas isso não é possível.
Tudo isso, contudo, pode ser feito com um travesseiro. Um travesseiro é iluminado, é um buda! O travesseiro não irá reagir, não irá processar você. Não se tornará seu inimigo, não fará absolutamente nada. O travesseiro ficará feliz, rirá de você.

Osho, em "Osho de A a Z — Um Dicionário Espiritual do Aqui e Agora"

Parte II
A maioria de nós nega a dose de raiva não expressa ou não digerida que carregamos conosco na vida diária. Embora possamos não sair por aí gritando obscenidades para os nossos filhos nem dando murros nas paredes, a raiva tem uma variedade impressionante de máscaras, desde a hostilidade mais explícita, num extremo, até a mais leve impaciência, no outro.
A raiva saudável nos dá acesso ao nosso poder como adultos livres e autônomos. Ela nos permite erigir barreiras que nos protegem e protegem os outros. A raiva pode nos impulsionar para a ação quando é hora de defendermos os nossos pontos de vista e nos fazer ouvir. Trata-se de uma resposta natural e saudável quando somos feridos, explorados, passados para trás, traídos ou enganados. Mas quando a raiva não é digerida ou processada, ela se acumula e é extravasada das maneiras mais destrutivas. É a voz que grita, “Eu faço o que quero quando quero!” A raiva tóxica, reprimida, é o gatilho que nos leva a agredir o nosso parceiro, a quebrar objetos num ataque de fúria, a ser inconsequentes no volante e a maltratar quem amamos.
Quando estamos com medo, a raiva é uma resposta natural, um mecanismo de defesa, como um tigre mostrando as garras. Mas, quando ela é intensificada por um medo desproporcional e vinculada à vergonha, a raiva saudável se transforma numa arma de destruição em vez de ser uma fonte de poder e proteção. O medo é o ingrediente ativo que torna a nossa raiva explosiva. O medo de que não tenhamos as necessidades satisfeitas, de que tirem vantagem de nós, de sermos traídos ou humilhados nos dá um alvo para a raiva refreada.
Nas suas formas mais amenas, a raiva pode se manifestar como procrastinação, sarcasmo, zombaria, fofoca, crítica àqueles à nossa volta ou mau humor. Na sua forma mais perigosa, ela pode causar ressentimentos que se transformam em rancor, irritação que se transforma em fúria e agressividade passiva (como se isso já não fosse suficientemente ruim) em atos de violência pública. Em sua pior versão, a raiva não processada nos destrói e aniquila a todos com a sua dor.

Debbie Ford

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